sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA REPRESENTANTES DO CBP ( I.N.N.G.)



ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA REPRESENTANTES DAS

REGIONAIS DO CONSELHO BRASILEIRO DE PSICANÁLISE

( I.N.N.G.), DOS SEGUINTES ESTADOS DA UNIÃO:

ACRE - AC
ALAGOAS - AL
AMAPÁ - AP
AMAZONAS - AM
CEARÁ - CE
DISTRITO FEDERAL GOIAS - DF
MARANHÃO - MA
MATO GROSSO - MT
MATO GRASSO DO SUL - MS
PARÁ - PA
PARAÍBA - PB
PARANÁ - PR
PIAUÍ - PI
RIO GRANDE DO NORTE - RN
RONDONIA - RO
RORAIMA - RR
SERGIPE - SE
TOCANTINS - TO


QUEIRAM OS INTERESSADOS, POR GENTILEZA, ENVIAR SOLICITAÇÃO DE CANDIDATURA E C.V. ATRAVÉS DE E-MAIL PARA
( cobrpsi@gmail.com ),( http://www.cobrpsi.org/ ), AOS CUIDADOS DA SECRETARIA ADMINISTRATIVA

DO CONSELHO BRASILEIRO DE PSICANÁLISE ( I.N.N.G.).

OBS: É NECESSÁRIO SER PSICANALISTA

terça-feira, 19 de outubro de 2010

CHICO MANCO “O ESPELHO DO BRASIL” (1)

O macaco prego de nome CHICO MANCO é o “ESPELHO DO BRASIL”, onde as desigualdades sociais, as mentiras, as corrupções, os roubos, as injustiças prevalecem o tempo inteiro. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde os poderes públicos são extremamente desonestos e corruptos, desde grande parte do Poder Judiciário, o Poder Executivo nem se fala, sem contar com o Poder Legislativo que já é corrupto por laços congênitos hereditários. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde os órgãos como INSS que deveria amparar os pobres idosos e doentes, usam de politica sádica, nomeando “peritos médicos” como “testas de ferro”, para impingir aos doentes uma sanidade física falsa, assim sendo, os doentes morrem por falta de assistência e sem nenhum amparo, nem para o remédio. Os peritos médicos adoram, quando morre um doente beneficiário, pois assim, pensam: “não darão mais gastos ao patrão INSS”. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde o pobre trabalhador doente, ou o idoso, - compram remédios, e ficam sem dinheiro para a alimentação, ou vice versa. Grande parte do Poder judiciário, representado por juízes, desembargadores e demais, não se dignam nem de ler as folhas dos processos por inteiro, julgam “por achar”. Só leem o processo inteiro, caso o assunto lhes interesse ou venham a ter um retorno “substancial”. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde o Poder legislativo é sem dúvida nenhuma o segundo mais corrupto do mundo. Seus integrantes legislam para a melhoria e desenvolvimento do “próprio bolso”, não se importam com nada a não ser em como ganhar dinheiro desonestamente; e já até faz parte da cultura e aceito pelo povo como coisa normal. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde se paga mais impostos comparados com a maioria das nações, só que, nestas nações o dinheiro é aplicado em beneficio da população, o que não ocorre aqui. As verbas são desviadas para locupletar os interesses de grande parte dos ditos poderes. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde o sistema educacional público foi considerado o terceiro pior deste universo, isso sem falar nas Universidades Particulares de Fundo de Quintal, as quais somente se interessam pelas mensalidades dos incautos alunos, quanto ao nível e melhoria educacional, - nada. Convido a adentrarem em qualquer escola estadual e observem: paredes pichadas; pisos sujos impregnados de bactérias; salas de aula extremamente emporcalhadas e imundas e sem um mínimo de higiene; carteiras quebradas e riscadas; insetos rasteiros (baratas e ratos); ambientes escuros e muito mal iluminados; isto sem contar com a constante falta de professores e um ensino medíocre. Isto pode ser chamado de Escola? Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde não há respeito pela história pelo passado, por aqueles que contribuíram para um possível desenvolvimento desta “coisa” chamada nação. Os três poderes somente riem e se locupletam da desgraça geral. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde os Poderes Públicos acostumaram produzir mentiras as quais são constantes e continuas, desde há muito tempo. Desde outrora, ouve-se que “tudo aqui é melhor que dos outros países”. Vocês pensam que as pessoas de outros países concordam com estas grotescas afirmações? Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde que os Poderes Públicos afirmam, em alto e bom som que: “tudo aqui é melhor que dos outros países”, a engenharia, a medicina, o direito civil, o futebol, os profissionais em geral, comparam cidadezinhas nacionais com cidades europeias, enfim, tudo aqui é melhor que dos outros; mentem deslavadamente tentando enganar o povo que também é cordeiro, e infelizmente fingem acreditar. Vocês já viram alguém deste país ganhar premio Nobel, ou ser o inventor de algo importante para a humanidade? Nem caipirinha e muito menos cerveja. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde ainda, o sistema de saúde público, que alias é o terceiro pior do mundo, pois grandes índices de patologias que já estão, há muito tempo erradicadas de grande parte das nações desenvolvidas ou em processo de desenvolvimento, e que aqui ainda prevalecem e que estão sendo pseudo-analisadas e pseudo-pesquisadas para a seguir, produzirem uma pseuda-medicação, com preços altíssimos para a venda direta a população. Grande Parte dos Hospitais Públicos carecem até de esparadrapos, tendo higiene precária, contando com administrações nomeadas por autoridades corruptas públicas, (Cabides de Emprego), isso sem contar com o péssimo atendimento do pseudo-profissional que faz de conta atender doentes. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde os funcionários das repartições públicas, “lá estão somente para pintar as unhas e refazer a maquiagem de seus rostos desgastados pela preguiça”, não se importando nenhum pouco com os pobres e infelizes contribuintes que necessitam de algum serviço, como o famigerado SPPREV, assim como na maioria das repartições públicas neste país, isto sem contar os departamentos dos órgãos de segurança pública. Tentem ligar para algum serviço público e vão constatar que a ligação não se completará, ou não será atendida Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde parte da segurança pública é corrupta, violenta, indiferente para com o cidadão: trabalhador, honesto, digno e cumpridor de seus deveres. Infeliz é aquele que necessitar dos serviços destes órgãos, vão ser tratados como lixo, muito pior que delinquentes. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde “você é culpado até que se prove o contrario” e é a assertiva comumente empregada. Será que isto tem jeito? Comumente neste país a assertiva é esta, tem-se que provar que você é você ininterruptamente, e xerox e mais xerox autenticadas por cartórios que são verdadeiras maquinas de fazer dinheiro, isto sem contar com um órgão chamado DETRAN. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde se aplica multas por infrações inexistentes, só para se fazer dinheiro para os cofres dos Poderes Estaduais, Federais e Municipais, roubando do cidadão o pouco de dinheiro que lhe resta e que trabalhou arduamente para ganha-lo. Assim é este paizinho de decimo oitavo mundo. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde atores e produtores de cinema de projeção internacional afirmam categoricamente que este país e seu povo são lixos, e as autoridades deste, somente sorriem e se deliciam posteriormente com os filmes rodados neste país, interpretados e produzidos por estes mesmos atores e produtores. Assim não há moral nem dignidade; nunca. Se pensas que este país e seu povo é bem conceituado lá fora, esta totalmente engado, haja visto que, nos Países desenvolvidos e em profundo desenvolvimentos, não admitem brasileiros como residentes, assim como, colocam inúmeras barreiras aos brasileiros candidatos a turistas. Será que eles estão equivocados ou errados? Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde os prédios de residências são: pixados por vândalos; patrimônios históricos são destruídos; idosos são considerados pesos mortos; a saúde da população é precária; o desrespeito à população impera nos serviços públicos; a corrupção é generalizada; a educação e a formação moral e intelectual são marginalizadas; a violência é crescente; as mentiras são elaboradas, globalizadas, constantes e ininterruptas; o governo e os políticos pensam somente neles próprios e em particular em seus bolsos; a população também apresenta grande culpabilidade, por aceitar cabisbaixa tudo que lhes é imposto e apregoado; impostos altíssimos inventados e fraudados, criados (dias após dias), e aplicados indecorosamente sobre a população. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde empresas de caráter particular-estatal como a CIA. TELEFONICA BRASILEIRA considerada como a pior e a mais ineficiente do mundo, e seus funcionários são de péssimas qualidades, e ainda assim, continua com os mesmos privilégios e subsídios governamentais mesmo após a sua venda. Assim como, a Cia. Telefônica brasileira existem muitas outras mais, com os mesmos privilégios e as mesmas mancomunações dos Poderes Públicos, sem contar que grande parte das empresas estrangeiras alocadas neste território, “pintam e bordam”, pois sabem que com “dinheiro aqui, tudo podem”. Tentem contatar por telefone algum SAC destas empresas, e de outras e vão constatar que nada é solucionado, isto, se for atendido. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde uma personalidade estrangeira quando retorna a seu país de origem e é entrevistado por jornalistas locais sobre sua estada neste país, responde: “La naquela coisa de paisinho, a gente explode tudo, bota fogo em tudo, derruba tudo, isto é, destrói tudo, e quando a gente vai embora, ainda nos presenteiam com um macaquinho verdadeiro habitante da região”. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde os deficientes físicos são humilhados, marginalizados e deixados a própria sorte, sem trabalho, sem dinheiro, sem transporte, sem escolas, sem acessibilidade necessária e básicas, sem remédios e ate sem alimentação. Este é o retrato deste país. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde que até remédios gratuitos, cestas básicas e outras coisas mais, destinados para suprir a necessidade da população, são desviados por funcionários públicos e comercializados no cambio negro. E as nossas pseudas-autoridades, que se dizem competentes, nada fazem, mas fingem que fazem. Mentiras e mais mentiras e somente mentiras é o que ouvimos o dia inteiro. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança.

Onde que qualquer solicitação que se faça aos Órgãos Públicos, para se obter documentos necessários e legais, - se faz imprescindível o pagamento de propina ao funcionário, pois caso contrario, sua solicitação permanecerá no fundo da gaveta do referido, por tempo indeterminado. Corrupção e mais corrupção e somente corrupção generalizada na maioria nos Órgãos Públicos Municipais, Estaduais e Federais. Será que tem jeito isto tudo? Acredito que não, e já perdi a esperança. E somente nos resta a pensar e a comparar, que verdadeiramente, o CHICO MANCO é o “O ESPELHO DO BRASIL”.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O PRINCIPAL INTRODUTOR DA PSICANÁLISE NO ESTADO DE SÃO PAULO (Dr. Francisco Franco da Rocha)

O PRINCIPAL INTRODUTOR DA PSICANÁLISE NO ESTADO DE SÃO PAULO
Dr. Francisco Franco da Rocha

Dr. Wagner Paulon
2002 - 2010


O Conselho Brasileiro de Psicanálise Regional do Estado de São Paulo rende homenagens ao Principal Introdutor da Psicanálise no Estado de São Paulo, o Doutor Francisco Franco da Rocha.

Dr. Francisco Franco da Rocha, Psicanalista músico, escritor, ornitólogo (especialista em Tico-Tico), brasileiro nascido na cidade paulista de Amparo aos 23 de agosto de 1864 e faleceu no dia 8 de novembro 1933, pioneiro na utilização da laborterapia e que teve papel decisivo para a introdução da Psicanálise no Estado de São Paulo. Filho do Doutor José Joaquim Franco da Rocha e de Dona Maria Isabel Galvão Bueno Franco da Rocha, concluiu a graduação na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e doutorou-se pela Universidade de São Paulo, discípulo de Teixeira Brandão em psicopatologia, iniciou sua carreira de médico preocupando-se com o tratamento dos doentes mentais.

Dr. Francisco Franco da Rocha, foi pioneiro na utilização da laborterapia, um tipo de tratamento que não feria a dignidade dos pacientes, com o auxílio de trabalhos como a manutenção de hortas e pomares outras atividades manuais, sendo que para desenvolver esse tipo de tratamento, ajudou a fundar um Asilo Colônia. Franco da Rocha viveu 69 anos e construiu uma carreira pessoal rica em todos os sentidos.

Dr. Francisco Franco da Rocha, casou com Dona Leopoldina Lorena Ferreira Franco da Rocha. Passou boa parte da sua vida residindo em Juquery onde criou seis filhos e desenvolveu seu interesse pela ornitologia.

Dr. Francisco Franco da Rocha, sua vida foi dedicada ao Hospício de Juqueri. Participou da escolha do local, planejou sua estrutura e dedicou sua vida no atendimento dos pacientes e construindo uma equipe que foi fundamental no desenvolvimento da psiquiatria paulista. Sua vida na totalidade de sua existência está ligada à ideia de amor ao próximo, da caridade e do desprendimento aos bens materiais.

Dr. Francisco Franco da Rocha afirmava: ”É dando que se recebe” e estas palavras são famosas por serem de São Francisco de Assis. Sua maneira direta e honesta de lidar com os pacientes e seus colegas, assim como, sua firmeza de caráter e obstinação na consecução dos seus objetivos.

Dr. Francisco Franco da Rocha, tinha pelos insanos uma profunda meiguice, uma limitada paciência, uma enorme dose de simpatia e piedade. E afirmava sempre: “Tenho que desdobrar a minha atividade em proveito dos infelizes que carecem de conforto”. Ulisses Paranhos afirmava: “a sua voz aveludava-se, os seus modos ganhavam atitudes paternais, os seus gestos eram brandos, as suas perguntas chegavam, como setas, em bebidas no suco das papoulas, ao coração do deserdado da razão. E o milagre se operava. O doente cedia ao prestigio da candura, ao império da bondade e ás ordens brandas do coração, começava a tranquilizar-se, a ceder, a humanizar-se”.

Dr. Francisco Franco da Rocha, foi o primeiro Diretor do Hospital Asilo Colônia inaugurado em (1898). A unidade começou a ser construída (1895), com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, uma área de 150 hectares, com capacidade inicial de 800 leitos, em um terreno de à margem da linha férrea, próximo à estação Juqueri. Este espaço foi inaugurado com o nome de Hospital Asilo Colônia (1898), mas só concluído seis anos depois. Hoje é chamado de Hospital Psiquiátrico do Juqueri, na Vila Juqueri, atual município de Franco da Rocha, nome esse dado ao município em sua homenagem (decreto lei 6.693 de 21/09/1934). A direção foi entregue ao grande psicanalista que passou a morar no local com a família e lá criou seus seis filhos, junto com a esposa Dona Leopoldina Lorena Ferreira Franco da Rocha.

Dr. Francisco Franco da Rocha, na virada do século às ideias de Freud e iniciou seus estudos psicanalíticos propriamente ditos, e obteve destaque também na carreira acadêmica.

Dr. Francisco Franco da Rocha, foi o primeiro professor de Neuropsiquiatria da Faculdade de Medicina de São Paulo (1918-1923). Na aula inaugural, discorreu sobre as ideias de Freud, porém nesse campo foi apenas um estudioso, sem praticá-las profissionalmente.

Dr. Francisco Franco da Rocha, aposentou-se do cargo de Diretor do Hospício de Juqueri (1923), aos 58 anos de idade, e anos depois, por iniciativa de discípulos e amigos, foi erguida uma herma do mestre, busto em que o peito, as costas e os ombros são cortados por planos verticais, em bronze, no saguão do hospital (1928).

Dr. Francisco Franco da Rocha, é autor de uma vasta bibliografia encontrada no Índice Bibliográfico Brasileiro de Psiquiatria, faleceu em São Paulo, em consequência de enfisema pulmonar, aos 69 anos de idade, em 8 de novembro 1933.

Bibliografia do Dr. Francisco Franco da Rocha encontrada no Índice Bibliográfico Brasileiro de Psiquiatria:

Franco da Rocha, Francisco. Alcoolismo e loucura. Soc. Med. Cirurgia Do Rio De Janeiro-Conferência. 1918; agosto.
Franco da Rocha, Francisco. Asilo-colônia de alienados de Juqueri. Arq. Criminologia, Med. Legal e Psiquiatria, Buenos Aires. 1902.
Franco da Rocha, Francisco. Assistência familiar aos alienados em S. Paulo. Arq. Bras. De Psiquiatria, Neurologia e Ciências Afins. 1906; 2(1): 18-24.
Keywords: alienados de São Paulo; assistência familiar.
Franco da Rocha, Francisco. Assistência familiar aos insanos em S. Paulo. Arq. Bras. De Psiquiatria, Neurologia e Ciências Afins. 1910; 6(4): 397-402.
Franco da Rocha, Francisco Combate ao alcoolismo. Gazeta Médica Da Bahia. 1928; 59(..): 149-153.
Franco da Rocha, Francisco. Delinquente epiléptico. Rev. Médico-Legal, Salvador, Bahia. 1897; 129.
Franco da Rocha, Francisco. Esboço de psiquiatria forense. São Paulo, 1904-1905. 1904.
Keywords: psicopatologia forense. Primeiro livro de psiquiatria no Brasil.
Abstract: Foi o primeiro livro publicado no Brasil abrangendo o conjunto da psiquiatria. Foi escrito após quinze anos de prática nos serviços de alienados do Estado de São Paulo.
Franco da Rocha, Francisco. Estatística do Asilo-colônia de Juqueri. Arq. Bras. De Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal. 1911; 168-172.
Keywords: Juqueri; estatísticas.
Franco da Rocha, Francisco. Estatística e apontamentos sobre o Hospício de São Paulo. São Paulo. 1895.
Keywords: Hospício de São Paulo; estatísticas.
Franco da Rocha, Francisco. Moléstias mentais em São Paulo. Arq. Bras. De Psiquiatria, Neurologia e Ciências Afins. 1907; 3:274-284.
Franco da Rocha, Francisco. O beribéri no Hospício de São Paulo. Rev. Médica De São Paulo. 1902.
Franco da Rocha, Francisco. Responsabilidade atenuada dos alienados criminosos. Rev. Médico-Legal, Salvador, Bahia. 1897; 179.
Franco da Rocha, Francisco. Sobre um caso de paralisia geral. Brasil Médico. 1895; 225.
Franco da Rocha, Francisco and Pacheco e Silva, A. C. A demência paralítica em São Paulo. Arq. Bras. De Neuriatria e Psiquiatria. 1924; 20(1): 1-22

terça-feira, 5 de outubro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O MAIOR DIVULGADOR DA PSICANÁLISE NO BRASIL

O MAIOR DIVULGADOR DA PSICANÁLISE NO BRASIL
DR. GASTÃO PEREIRA DA SILVA
Dr. Wagner Paulon
1978 - 2010

O Conselho Brasileiro de Psicanálise ( I.N.N.G.) e suas regionais, rendem Homenagens ao Maior Divulgador da Psicanálise no Brasil, o Dr. Gastão Pereira de Silva, que foi um tanto quanto esquecido, difamado e muita vezes humilhado pelos “senhores catedráticos e acadêmicos” da época e ainda, por muitos de hoje.

Jornalista, médico, psicanalista, pesquisador e escritor, Dr. Gastão Pereira da Silva (1897 a 1987), durante a Era Vargas. Nasceu em S. José do Norte, RS, 17 nov. 1898. Médico pela Fac. de Med. do Rio de Janeiro. Médico no interior do RS. Médico psicanalista no Rio de Janeiro. Biógrafo, novelista, tradutor e teatrólogo. Foi o primeiro e o maior divulgador da Psicanálise de Sigmund Freud no Brasil.

Dr. Gastão Pereira da Silva, um dos primeiros psicanalistas do Rio de Janeiro, que inicia sua prática nos anos 30, nunca entra em qualquer das sociedades de formação fundadas posteriormente e é geralmente esquecido pelas grandes histórias da Psicanálise brasileira, ao contrário de Porto-Carrero, Arthur Ramos e outros "pioneiros", todos professores catedráticos, membros destacados da Academia Nacional de Medicina, ou ocupantes de cargos públicos, Dr. Gastão Pereira da Silva afirma ter praticado "medicina em lombo de burro" no interior antes de interessar-se pela Psicanálise no final dos anos 20.

Notabilizou-se como combativo crítico das normas e regulações da formação de psicanalista preconizadas pela International Psycoanalytic Association (IPA), por julgá-las elitistas e por ser peremptoriamente a favor da análise leiga. Além de lutar para tornar o debate sobre a psicanálise um tema mais acessível ao público leigo, Dr. Gastão Pereira da Silva foi um crítico severo das normas elitistas da formação em psicanálise.

Além da sua atuação na imprensa, com passagens pelas revistas (Carioca, Vamos Ler, Dom Casmurro e Seleções Sexuais), Dr. Gastão Pereira da Silva atuou como médico, psicanalista, escritor, pesquisador e jornalista. Escreveu mais de 50 livros, escritos de modo a tornar a leitura de seus pressupostos teóricos acessível ao leitor leigo, como radialista criou programas de radio-Teatro e radionovela na Rádio Nacional, tornando-se um nome de referência na introdução da psicanálise no dia a dia de nossa população urbana. Defensor da liberdade de imprensa e dos direitos humanos, foi sócio e Conselheiro da ABI - Associação Brasileira de Imprensa e membro titular da Sociedade Brasileira de Criminologia (SBC).

De suas iniciativas, o Dr. Gastão Pereira da Silva ainda criou em 1955, um curso de Introdução à Psicanálise por correspondência que se destinava a divulgação da teoria freudiana sem qualquer caráter médico ou terapêutico. Utilizou os Correios como meio de divulgação da psicanálise respondendo inúmeras cartas daqueles que tomavam conhecimento, que o Dr. Gastão Pereira da Silva responderia às suas dúvidas. Dedicou-se a clínica psicanalítica em consultório particular desde os anos 30 até a década de 70.

A trajetória d Dr. Gastão Pereira da Silva se trama com o discurso planejado como andamento da prática social e de uma biografia constituída pela herança dos ideais iluministas (da desigualdade entre os homens...) da emancipação do sujeito, do projeto de universalização dos saberes, do acesso aos avanços da ciência sob a égide da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Esse trinômio o levou a tomar para si a divulgação da psicanálise como projeto fundamentado nos ideais libertários da modernidade.
Preferindo os meios de comunicação, isto é, jornal, rádio e revista à academia, transformou-se num dos maiores divulgadores da psicanálise. Com o intuito explícito de tornar a doutrina freudiana acessível ao leitor comum publicou, em 1931, o livro (Para compreender Freud). Esse primeiro livro do Dr. Gastão Pereira da Silva, que em 1942 estará na sua sexta edição, é publicado às expensas do próprio autor. Os livros seguintes serão publicados por editoras diversas, incluindo a prestigiosa José Olympio, que nos anos 50 inicia a publicação de suas obras completas.

Dentre os inúmeros títulos de sua autoria encontramos “Lenine e a Psicanálise”, “Crime e Psicanálise”, “Neurose do Coração”, “Educação Sexual da Criança”, “A Psicanálise em Doze Lições”, “Conhece-te pelos Sonhos”, “O Drama Sexual dos Nossos Filhos”, “Vicios da Imaginação” (primeiro publicado pela José Olympio, em 1939, terá seis edições até 1956) e “O tabu da Virgindade”.

Para se ter uma ideia da prolixidade do Dr. Gastão, basta dizer que, em 1933, quando era lançada a terceira edição de “Para compreender Freud”, ele publicou também “Um para 40 milhões”, “Procópio Ferreira através da Psicanálise” e “Lenine e a Psicanálise”.

Em 1934 publicou “A Psicanálise em 12 lições”, “Educação Sexual da criança”, “A Psicanálise e Neurose do Coração”, cada um por uma editora (Moderna, Mariza, Andersen e Atlântida).

Também é interessante acompanhar suas relações com a José Olympio, a editora de maior prestígio no período, responsável pela publicação dos maiores nomes da literatura brasileira da época.

Em 1939, a editora publicou “Vícios da imaginação”, com uma segunda edição em 42, uma terceira em 46 e uma quarta em 48. Enquanto isso lançou “Como se interpretam os sonhos” em 1943 e “Como se pratica a Psicanálise” em 1948. Como se vê, o investimento da editora que publicava (José Lins do Rêgo, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos e Jorge Amado, entre outros).

A Editora Jose Olympio investia muito no Dr. Gastão Pereira da Silva, tendo sida, pelo visto, largamente recompensada, já que os livros do Dr. Gastão Pereira da Silva não vendiam apenas sua primeira edição, pelo contrário, continuavam vendendo no decorrer do tempo.

Além dos livros, Gastão manteve intensa atividade na imprensa escrita. Em 1934, criou na revista Carioca a coluna Psicanálise dos sonhos, ilustrada por uma fotografia de Freud (que dá origem ao livro “Conhece-te pelos sonhos”). Na revista, (Vamos Ler), manteve uma coluna intitulada Página das mães (da qual nasceu o livro “Conheça seu filho”).

Posteriormente colaborou na (Revista Seleções Sexuais), com a seção "Confidências". Ainda nos anos 30, manteve durante três anos o (programa "No mundo dos sonhos"), na Radio Nacional, no qual, segundo suas palavras, "radiofonizava os sonhos (enviados pelos ouvintes)”, como se fossem pequeninas histórias, em sketchs, interpretadas pelo cast do rádio-teatro daquela emissora. No mesmo período, começou a escrever radionovelas de cunho psicanalítico e em sua autobiografia, lista 44 títulos de sua autoria que foram ao ar.

Criou ainda um Curso de Psicanálise por correspondência, sobre o qual escreveu: “O poder de penetração desse curso levado, por outro lado, pelo número de uma simples caixa postal, através do rádio, permitiu-me estabelecer contato com muita gente sofredora, esquecida por assim dizer, em certos lugarejos tão distantes, quanto, até mesmo, desconhecidos dos mapas.”.

Em seus escritos, além de todo um esforço pedagógico de divulgação dos pontos básicos da teoria freudiana (o inconsciente, a sexualidade infantil, o complexo de édipo, o superego) com uma linguagem acessível, o Dr. Gastão Pereira da Silva divulga também autores e teorias sexológicas da época.

Seus livros são repletos de relatos de casos que lhe chegaram de leitores de suas colunas ou ouvintes de seus programas, sobretudo sonhos. Todos, obviamente, com conteúdo eminentemente sexual. Essa característica, a abundância de exemplos e relatos de experiências vividas, distingue os livros de divulgação do Dr. Gastão Pereira da Silva daqueles escritos pelos grandes acadêmicos, que também procuravam, em menor escala, se dirigir ao grande público.

Trata-se de um recurso que, se por um lado pode ser visto como sensacionalista, por outro, leva o leitor comum seja a identificar-se com o que está sendo relatado, seja a examinar sua própria experiência, com o intuito de identificar seus próprios sentimentos e vivências, serão eles semelhantes? Será que as coisas se passam da mesma forma comigo?

O objetivo pedagógico básico não é apenas divulgar o teor da doutrina, mas, sobretudo divulgar um certo modo de se auto problematizar, que, uma vez realizado, leva à forma "correta" de nomear, circunscrever e interpretar os próprios conflitos. E, claro, à necessidade de falar de si, desvelar seus sentimentos mais íntimos, a um especialista. É este especialista, e não o padre, os pais ou um amigo, a pessoa indicada a ouvir nossas confidências, o que não ousamos confessar para ninguém.

Ao mesmo tempo, a problematização realizada através dos relatos de experiências e vivências colocava na berlinda os comportamentos ou normas ditados pela tradição. Da educação dos filhos, passando pela virgindade feminina até a sexualidade no casamento, esses comportamentos mais íntimos, mais privados, migravam da seara da tradição para a visão neutra da ciência. Não se tratava, entretanto, de orientar explicitamente o comportamento.
Em seus livros Gastão não necessariamente faz afirmações acerca do que se deve ou não fazer.

O caráter pedagógico de seus escritos está muito mais no ensino de um novo modo de encarar a si mesmo e aos outros, que implica a problematização de determinadas questões ou de determinadas áreas da vida. Pode-se dizer que a extensa produção do Dr. Gastão Pereira da Silva indica a existência, na época, de uma espécie de autoajuda psicanalítico-sexológica que parecia fazer bastante sucesso e que certamente atingia aqueles setores das camadas médias mais tocadas pelo eterno processo de modernização e transformação de valores por que passava e ainda passa a sociedade brasileira.

O que nos leva ao fato já observado no que tange à Argentina e à França, de que a vulgarização da Psicanálise precedeu (e talvez tenha facilitado) sua institucionalização. Ou seja, quando aqui chegaram os enviados da IPA para formar os primeiros psicanalistas brasileiros, já havia sido produzida, mesmo que de forma incipiente, uma demanda por esse tipo estranho de tratamento. Algumas décadas mais tarde, como se sabe, essa demanda incipiente adquiriu feições de uma epidemia, levando legiões de desorientados filhos das camadas médias urbanas para o divã.

O chamado boom psicanalítico dos anos 70, lentamente preparado, como vimos, pela popularização dos anos 30-40, reafirma, através de seu inegável vínculo com a modernização autoritária do período, o caráter intrinsecamente modernizante/civilizador assumido pela psicanálise em solo brasileiro.

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quinta-feira, 17 de junho de 2010